Por Beatriz Oliveira

O longa “Vivir Ilesos” do roteirista e diretor Manuel Siles nos mostra exatamente como um filme não deveria ser feito: desde o roteiro, passando por diálogos e caindo nas mãos da produção técnica e despencando de vez na montagem.

O filme conta a história de Lucia e Alberto, dois golpistas que aplicam seus golpes em pessoas ricas e furtam pequenas coisas. Em uma dessas idas, eles são sequestrados: Alberto sendo entregue para um grupo de moradores sem teto e Lucia sendo feita de dama de companhia do sequestrador. A trama se baseia na vida que ela leva na casa enquanto Alberto pensa em como resgatá-la.

 

O roteiro além de ser pobre, conta com diálogos muito mornos e plásticos, sem nada de especial e muito menos se destacando, o que por sua vez se torna algo muito pior quando cai nas mãos dos atores, que atuam com nada de maestria, chegando a ser tosco de tão inexperiente eles aparentam ser. 

A produção técnica também deixa a desejar: com som estourado, ruídos em excesso e sons que nem deveriam estar ali, o som se torna um dos principais problemas do filme, mas que quando este cai na montagem, consegue ficar mais intragável: a montagem além de cansativa, muitas vezes se adicionam cortes desnecessários e planos que não conversam muito bem entre si.

 

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