Bom, conforme aponta o título, é este o questionamento que fica após assistir a nova série da Netflix, que estreou no dia 06 de janeiro, Vida Após a Morte. Com 8 episódios, pode-se afirmar que em apenas dois deles o tema foi levado, digamos assim, A SÉRIO. Como uma seguidora do espiritismo e curiosa de carteirinha, confesso que fiquei com grandes expectativas quando li pela primeira vez que a gigante do streaming mundial iria produzir uma série abordando o tema.

Várias referências de estudos aprofundados de EQM (Experiência de Quase Morte) me vieram à mente. Afinal, os estudos no âmbito científico sobre o assunto são quase sempre baseados nessas experiências – que são extremamente comuns em todos os cantos do mundo.

Mas, não foi isso que encontrei. E, aparentemente, a série não decepcionou apenas os espíritas, mas a maioria dos curiosos de plantão também. Em uma pegada de Discovery Channel, a Netflix parece apostar em 2021 na produção de conteúdo cada vez mais diversificado. Algo que torna a competição com os canais fechados cada vez mais acirrada. No entanto, em termos de conteúdo, as abordagens da paranormalidade sensacionalista conseguiram tirar o crédito da seriedade da série.

No primeiro e no último episódio, os personagens e histórias são incrivelmente convincentes. Os relatos são emocionantes e as instituições de pesquisa citadas parecem investigar de forma profunda os supostos casos de reencarnação.

Porém, do segundo ao sexto episódio, o show de horrores mostrado nas histórias dos chamados “paranormais” beira ao ridículo. Em um episódio em questão, a busca de uma hoteleira que é investigadora paranormal nas horas vagas é tão vazia que beira a comédia em alguns momentos, e em outros assemelha-se ao filme (de comédia) Caçadores de Fantasmas.

É exatamente neste ponto que, até o momento, não consegui compreender a verdadeira intenção da Netflix de ter feito a série. O cunho sensacionalista poderia ser abordado de outra forma, se fosse o caso. Como, por exemplo, contando os diversos relatos de reencarnação que existem no mundo, ou até mesmo os relatos de EQM. A audiência seria garantida com a presença de mais histórias como essas.

O que não cabe, de jeito nenhum, é transformar a série em uma espécie de thriller de suspense mal feito. Outro momento que a série demonstra essa intenção pífia, é quando os relatos dos fantasmas nas fotografias são mostrados. Tanto para um espectador curioso quanto para um religioso, as cenas são extremamente bobas.

No entanto, apesar dessas passagens, o primeiro e o último episódio conseguem segurar a sensação de que o tempo perdido assistindo valeu a pena. Além disso, algumas passagens sobre as visões de doentes terminais de seres superiores e familiares já falecidos também é bem abordada e causa emoção. Para quem crê, a vida após a morte é real, existe e é algo sério. Mas, para quem deseja apenas uma série no top 10 da semana – ela não passa de um tema interessante e que chama atenção.

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Jornalista apaixonada por cinema, cultura e poesia. Coleciono fantasias e acredito que sou uma, como dizia uma tal de Marilyn Monroe. Lirismo que corrói. Só me encontro no excêntrico.
vida-apos-a-morteBom, conforme aponta o título, é este o questionamento que fica após assistir a nova série da Netflix, que estreou no dia 06 de janeiro, Vida Após a Morte. Com 8 episódios, pode-se afirmar que em apenas dois deles o tema foi levado, digamos...