A Premissa semelhante de forma mínima com o recente e excelente “Homem nas Trevas”, uma jovem cega, é contratada para tomar conta de uma mansão enquanto os donos estão fora. Quando três ladrões invadem a casa à procura de um esconderijo, a sua única forma de defesa é o aplicativo “Vê Por Mim”.

A Protagonista Sophie Scott aparenta ter saído diretamente de uma série estadunidense de terror teen do começo dos anos 2000, seu visual orquestrado a um apelo estético com um expoente obscuro. É mais uma característica dentre inúmeras do tom melancólico do longa, a palheta de cores azulada tem esse esmero em construir uma atmosfera de frieza, mas ao tratar cada espaço e cenário como mera passagem dos personagens, só aparenta ser um filtro azul aplicado em um local corriqueiro.

A Dificuldade em elaborar os mecanismos do ambiente em prol de uma adrenalina crescente nos deixam dispersos ao necessário, se toda a graça é a inevitável derrota da protagonista para seu destino, por qual motivo inserem uma tecnologia para o teor criativo deixar o suspense mais ambicioso, mas não utilizam isso?

As ameaças, no caso os três ladrões, operam de forma quase indiferente ao tema do filme. Não são peças do suspense, mas um componente do enredo para ter sequências “de tirar o fôlego” (na teoria).

O Primeiro longa-metragem do gênero de Randall Okita, no qual assina a direção, abusa da montagem como catalisador climático, mas nada importa se os pequenos momentos que estamos observando não são relevantes. A protagonista é desprovida da capacidade de enxergar e o filme da capacidade de nos fazer acreditar. 

Os riscos são cronometrados e operantes, servem como pontos de virada na história, mas são fases estimulantes do gênero, não necessariamente sendo ele. 

Veja por mim constrói seu suspense através de um enredo criativo em usar deficiência visual e tecnologia, as alusões a outras obras de invasão domiciliar são nítidas e intencionais, mas não prejudica em nada o conjunto final, pois suas próprias execuções de ideias originais já realizam esse trabalho.

 

 

 

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COMO DESTRUIR UM CASAMENTO ?

 

 

 

 

Marcos Gabriel
Graduando de Comunicação Social e Ciências Sociais, Intérprete de LIBRAS e cursado na AIC em Roteiro de Cinema e TV. Pai de duas crianças lindas, fã do Batman desde pirralho, cinéfilo amante de Kyoshi Kurosawa, Dario Argento e Guel Arraes.