O segundo filme da saga Rua do Medo estreou na Netflix nessa sexta feira, 9 de julho. A trilogia, baseada na franquia de livros do escritor aclamado R. L. Stine, narra a história de Shadyside, uma cidadezinha sinistra amaldiçoada pela bruxa Sarah Fier. Contando com um elenco diverso e abordando temas atuais, a plataforma acertou em cheio em investir numa nova saga slasher que agrada tanto o saudosismo dos millenials, como a inovação desejada pela Geração Z.

O primeiro filme, passado em 1994, aborda Deena e sua ex-namorada Sam, que, por acidente, perturbam o território sagrado da bruxa e provocam sua ira. O longa termina com Deena encontrando-se com a única sobrevivente da bruxa até hoje: C. Berman. Dessa forma, segundo filme retoma exatamente de onde parou e se constrói através de um flashback conforme C. conta a história de como sua irmã morreu no verão de 1978.

A história, então, passa a girar em torno de Cindy e Ziggy, duas irmãs de Shadyside com um relacionamento problemático, que passam o verão num acampamento para adolescentes. Em determinado momento, o namorado de Cindy se transforma num assassino graças a maldição de Sarah Fier e o acampamento se torna palco de um banho de sangue.

Rua do Medo 1978 é muito bem executado, de forma que corrige todas as falhas que houveram no primeiro filme e se apresenta como um excelente filme de terror para a nova geração. Se no primeiro filme da franquia, a mitologia em volta da trama pareceu rasa e um tanto confusa, neste, as raízes da história são mais aprofundadas e entende-se melhor como funciona a maldição e de que forma ela se manteve durante todos aqueles anos. Além disso, a ousadia cresce nessa sequência e as mortes são mais numerosas e sanguinolentas, além de cenas de sexo mais enfáticas.

Apesar de Rua do Medo ser a todo instante comparada com a série de maior aclamação da Netflix, Stranger Things, fica claro que a plataforma de streaming quis restaurar a nostalgia dos anos 70 ,80 e 90, e ainda assim, conquistar um público mais adulto. Se no primeiro houveram referências a slashers como Pânico e Halloween, o segundo é um prato cheio de tributos a todos os filmes de terror de acampamento, com destaque para Sexta-Feira 13.

O filme todo é um apanhado de elementos da cultura pop e isso é denunciado principalmente por sua paleta de cores vivas e a trilha sonora onipresente durante toda a trama. Assim como o primeiro, Rua do Medo pt.2 é dirigido e roteirizado pela estadunidense Leigh Janiak, que deixa sua marca numa decupagem já muito conhecida no gênero do horror, cheia de cortes repentinos e clichês de efeito Kuleshov, mas com adicionais que deixam tudo mais saboroso.

A câmera é engenhosa e dinâmica a todo momento, e em cenas de perseguição, a montagem paralela se faz presente de maneira a insinuar ainda mais o suspense já instaurado.

Logo, Rua do Medo 1978 eleva os níveis de qualidade da trilogia de filmes e deixa para o público uma expectativa ainda maior para a terceira e última parte, que estreia em 16 de julho de 2021, e retorna a 1666 com a promessa de contar como a maldição começou e como será terminada.

 

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