Assassinos em série têm ganho notoriedade por suas histórias reais reproduzidas em séries e filmes como Ted Bundy, Jeffrey Dahmer e agora, Charles Cullen.
Chegou no catálogo da Netflix “O Enfermeiro da Noite”, filme dirigido por Tobias Lindholm e roteirizado por Krysty Wilson Cairns, contando com Darren Aronofsky em sua produção. O longa é baseado na história de Charles Cullen, um dos assassinos em série mais letais dos EUA, que confessou ter matado 29 pessoas, embora o número de suas vítimas podem chegar a 400.
Atualmente, Cullen cumpre 18 prisões perpétuas e confessa que o motivo de ter assassinado as pessoas é o não impedimento das autoridades. Foi enfermeiro em 6 hospitais e mesmo que a maioria suspeitasse de suas atividades, nenhum deles interferiu e não o deteve.
Diferente das obras true crime que acompanhamos, O Enfermeiro da Noite não segue a linha gráfica que expõe cruelmente as vítimas, pois o ponto de vista é o da enfermeira Amy Loughren (Jessica Chastain) que descobriu o que Charlie (Eddie Redmayne) fazia, indo atrás de justiça.
Em conflito com o nome original, The Good Nurse, cujo o título já revela o ponto de vista da protagonista, o filme explora a história de Amy que trabalhou ao lado de um serial killer, que matava silenciosamente pacientes com overdoses de insulina.
A atuação crescente de Eddie Redmayne revela o ápice na cena do interrogatório, percebendo Charlie e Eddie fundidos em sua máxima potência.
A atuação de Jessica é fortemente presente desde o início, revelando o cansaço de um trabalhador do sistema de saúde que luta contra uma doença que tem o tempo como seu aliado e inimigo.
O filme hospitalar com cenas escuras teve figurantes enfermeiros da vida real, que agrega o máximo de verdade à comunidade médica. Há planos detalhes com Charlie “cuidando” de suas vítimas. Tobias mantém o realismo ao retratar Charlie pela ótica de Amy, que apesar de tudo via nele uma suposta bondade.
No entanto, Tobias se perde ao apresentar as investigações do hospital, que parecem surgir de repente.
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