Com a comodidade do streaming no conforto de casa, o público tem se tornado cada vez mais seletivo em suas idas às salas de cinema. É notória e inquestionável que a experiência cinematográfica em uma sala escura, com uma tela gigante e um sistema de som Dolby ATMOS será muito mais marcante do que as vividas na sala de estar. E se tratando de Alemão 2, esta é sem dúvida uma experiência digna de uma sala de cinema.

Uma das poucas franquias que consegue superar na continuação de sua obra primogênita, Alemão 2 é um filme de ação, ambientado no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro. Dirigido por José Eduardo Belmonte e grande elenco, a obra aborda questões sobre a guerra às drogas. Protagonizado por Vladimir Brichta, o policial civil Machado lidera uma missão secreta para capturar o traficante Soldado, chefe do morro. 

Nesta sequência, filmada 7 anos após o primeiro filme (disponível em várias plataformas de streaming), o roteiro se encontra muito mais elaborado com diversas complexidades em sua narrativa, diversidade no elenco e grandes cenas de ação.

O personagem de Brichta consegue protagonizar com muito efeito no filme, os danos psicológicos causados pela rotina de um policial civil nas operações especiais do Complexo do Alemão, da mesma maneira que a personagem vivida por Leandra Leal também traz um viés feminino nas operações de campo.

De acordo com Marília Garske, produtora executiva, a inserção de personagens femininas em papéis de destaque foi uma prioridade na produção do filme, uma vez que a obra de 2014 não dialoga mais tão amplamente com o público por se tratar de um elenco predominantemente masculino e branco.

E foi em questionamentos como estes que a personagem de Aline Borges assume a chefia da inteligência da polícia civil, e Zezé Motta participa como atriz convidada para dar vida a uma enfermeira que traz o seguinte questionamento em um diálogo com Leandra Leal: “Só porque uma mulher negra está de branco não quer dizer que ela seja vendedora de cuscuz.”

Alemão 2 é um filme de ação que questiona as relações entre polícia, favela e Estado. Escancarando a matança que a guerra às drogas faz no Rio de Janeiro, onde tem em suas maiores vítimas os jovens negros. O filme estimula essa reflexão sobre a violência nas comunidades que é lucrativa para quem não mora na favela.

______________________________________

Escute nosso PODCAST no: Spotify | Google Podcasts Apple Podcasts | Android | RSS 

.
.
.

COMO FILMAR LUTAS?